Você já reparou que o ser humano é o único animal que pode acordar de mau humor sem nem saber por quê? O cachorro não acorda resmungando porque o vizinho latiu alto, nem o gato perde o dia porque choveu. Mas nós, seres “racionais”, muitas vezes somos reféns de um furacão emocional que nem sabemos nomear. É aqui que entra a inteligência emocional: a capacidade de entender, gerenciar e usar as emoções a nosso favor, e não contra nós.
A psicologia nos mostra que não existe emoção “boa” ou “ruim”: todas são sinais. Medo é alerta, raiva é energia, alegria é combustível, tristeza é convite à pausa. O problema não está em sentir, mas em não saber o que fazer com o que sentimos.
As emoções são mensagens. Se você as ignora, paga o preço; se as entende, encontra o caminho. O segredo é transformar a energia do impulso para algo consciente. Por exemplo:
Imagina que você está presa num engarrafamento e alguém te fecha. A emoção vem: raiva. Inteligência emocional aqui não é para “virar santa”, mas perceber que explodir não abre o trânsito, então procure transformar essa energia em presença, respire fundo e pergunte-se: “o que está sob meu controle agora?
Se você reagir com raiva só vai fazer mal para você mesma e não vale a pena baixar sua frequência pois isso só atrairá mais coisas na mesma frequência.
No trabalho por exemplo, seu chefe critica seu trabalho. Lá vem a frustração, se não tem inteligência emocional, você se fecha, cria mágoa e trava sua performance. Com inteligência emocional, você entende que a crítica não é sua sentença de morte, e sim uma informação, um feedback. Eu como coach chamo de combustível para evolução.
No fim das contas, inteligência emocional não é sobre “não sentir”, mas sobre sentir com consciência. É transformar cada emoção em informação para agir melhor.
E talvez o maior sinal de maturidade emocional seja rir de si mesmo quando percebe que passou meia hora brigando com o Wi-Fi como se ele fosse um inimigo pessoal.
Porque, convenhamos: às vezes o melhor antídoto contra a tempestade interna é um pouco de humor e a sabedoria de lembrar que você não é refém das suas emoções, é o dono do controle.